Quanto maior poder aquisitivo, maior o número de casais que escolhem por ter apenas um filho pensando em satisfazer as necessidades da criança. A idéia é coloca-lo em uma boa escola e um bom plano de saúde, que estão cada vez mais caros, além de aulas extras como natação e inglês. Soma-se isto a opção da mulher a ter um filho mais tarde para priorizar a profissão.
O capricho, a geniosidade e o egoísmo podem aparecer tanto em uma criança que é filha única ou que tenha irmãos. Esse perigo é maior nos filhos únicos porque os pais não têm com quem dividir os excessos. Tudo é para uma única criança. E é esse excesso que prejudica. Mas que fique claro: não é regra que todo filho único vai ser chato, mimado e egocêntrico. Depende sobretudo da educação dos pais.
Isso mesmo! Depende da educação dos pais. Nada pode ser em excesso. Carinho, limites, atenção, brinquedos, amor e proteção devem ser tudo equilibrado. Não é todo passeio ao shopping que tem que terminar em um brinquedo novo. Não é porque você trabalhou o dia todo e teve pouco tempo para o seu filho que deixará que ele faça tudo o que quiser.
A criança precisa ter regras e limites, mas sem deixar de dar amor. Carinho e atenção não estão embutidos dentro de um presentinho.
Muitas mamães ficam preocupadas quanto à socialização do filho único. Explica-se: A criança, neste caso, não terá um irmão para dividir a vida infantil. Seus amiguinhos de escola costumam ser as referências. Por nem sempre conhecer o estilo e conduta dos amiguinhos do filho, a mãe teme pelo futuro de seu pequeno. Normal.
Mas estudos destacam que filhos únicos criados de forma equilibrada e sem excessos crescem sem problemas de convivência.
Argumentos - Uma realizada pela da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Pediatrics, avaliou 13 mil estudantes do ensino fundamental e médio e descobriram que o fato de não ter irmãos não atrapalha as habilidades sociais de um adolescente. As crianças se socializam bem tanto na escola, fora e atividades extras.
Outro estudo feito há mais tempo foi realizado no Brasil, publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria (Volume 26, nº1), não aponta diferenças significativas entre crianças com irmãos e filhos únicos. Na questão dos filhos únicos serem mais maduros por conviverem mais só com adultos não apareceu já que a preocupação com futuro e vestibular foi semelhante.
“Contrariamente à impressão de que os filhos primogênitos ou únicos tendem a ser diferentes dos demais, neste estudo não se detectaram diferenças entre filhos únicos, primogênitos e não primogênitos quanto ao relacionamento com os pais, presença de namorada e prática de esportes”, garantem os pesquisadores.
Não tenham medo de escolher a opção de ter só um filho. Bom exemplo e atitudes sem exageros garantem que o filho único tenha uma vida normal como qualquer outra criança. O excesso de mimo parte dos pais, avós e demais grandinhos. A criança é um reflexo disso.
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